Por proposições multimídia, Ursula Tautz, que nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro, desenvolve experiências artísticas que buscam per- verter o tempo cronológico através de sua contínua transformação, gerando novas memórias e narrativas. Identidades culturais e históricas são muitas vezes evocadas através do tempo percebido pelo movimento pendular, seja um som, um balanço ou pelos badalos.

Pesquisando as relações que envolvem o habitar, o pertencer, a artista utiliza a (re)significação do espaço para o desenvolvimento de suas questões. As ocupações tendem ao uso da instalação. Destes trabalhos de grandes dimensões derivam estudos, desenhos, fotografias, objetos, vídeos. Nos últimos anos o som vem se apresentando como uma nova forma de experimentação: em certos caminhos, Ursula pensa a história dos lugares e projeta-se sobre as mesmas. Assim, vemos a artista se relacionar com a paisagem, de lugares estrangeiros, mas que são de algum modo, parte de uma história familiar, ainda que tais histórias venham configurar uma memória pessoal não vivida, mas, sim, transmitida pela oralidade de seus ancestrais.

A artista foi finalista do Prêmio Mercosul das Artes Visuais Fundação Nacional de Arte – FUNARTE e participou da Siart Bienal 2018 - Bienal Internacional de Arte da Bolívia em La Paz, e da residência artística Echangeur22, que resultou na exposição “Mobilité, Immobilité”, La Chartreusse, Villeneuve-lez-Avignon, França. Em 2021 participará da Bienal de Bahía Blanca, Buenos Aires, Argentina e apresentará a individual O SOM DO TEMPO no Paço Imperial do Rio de Janeiro. Suas obras integram o acervo do MAR.