ArtRio 2024
25.09.2024 – 29.09.2024 - Marina da Glória, Rio de Janeiro
Adão e Ana Sant’Anna
Para o programa solo da ArtRio deste ano, a ArteFASAM Galeria apresenta um conjunto de trabalhos dos artistas Ana Sant'Anna e Adão. Embora sejam radicados em localidades distintas do país, Ana em Salvador (BA) e Adão em Curitiba (PR), ambos compartilham de um vínculo profundo com suas vivências e memórias dos lugares que habitam.
Pintando paisagens, cenários oníricos e por vezes abstrações, a proposta do estande é estabelecer um diálogo entre suas produções pictóricas, convidando o espectador a embarcar em uma experiência de imersão e introspecção.
Ana observa, absorve e transforma suas memórias em cenários que se misturam a sensações que navegam entre o idílico, o físico e o abstrato. A partir de uma exploração intuitiva, a artista se propõe capturar e representar aspectos delicados e sutis de certos fenômenos, como luminosidade, transitoriedade e a percepção de um tempo não linear. Transcendendo o real e capturando a essência das das travessias físicas e emocionais, em conexão com o universal, com o cosmo e com o íntimo, deparar-se com um de seus trabalhos écomo estar a caminho de algum lugar. É como testemunhar e vivenciar travessias, encontrar detalhes imperceptíveis no caminho, cruzar marés, desertos, geleiras, tempestades, calmarias e terras do longínquo. Suas obras sugerem a ideia da transformação, do seguimento do fluxo, ancorando-se nos fenômenos daquilo que é temporário por natureza.
Adão explora uma poética visual que se concentra em momentos de suspensão e reflexão. Seu trabalho utiliza o ruído, a mancha e o desgaste para desencadear a sensação de algo antigo que já ruiu, deixando apenas vestígios. Inspirado por suas idas à praia na infância, onde coletava conchas e objetos trazidos pela maré, Adão cria obras que clamam por uma nostalgia profunda e uma ligação íntima com o passado. Suas criações capturam a beleza dos resquícios e a poesia do desmoronamento, refletindo sobre a efemeridade da existência e a persistência da memória.
Com poéticas visuais singulares e abordagens únicas, a dupla partilha de uma profunda reflexão sobre a transitoriedade, a memória e aspectos sutis da experiência humana. Ambos evocam uma sensação de jornada e transformação em suas obras, utilizando elementos pessoais e universais para criar uma conexão emocional com o espectador. Através de suas explorações intuitivas, os dois artistas destacam a beleza na efemeridade da existência, seja através de paisagens em constante mudança ou dos vestígios nostálgicos do passado.